terça-feira, 17 de abril de 2007

Mutação


A luz que de longe batia na reflexão de um sorriso ocular.

Que de perto pertubava as mãos líquidas e o frio surdo abdominal.

Que exalava o intenso e inevitável. Que penetrava nos poros e na alma antes viva.

A criança que despertava do profundo sono e gargalhava do mundo.

O tempo. mais do que números representativos. desatador.

O vento. mais do que um sopro ingênuo. carregador de lembranças.

Lembranças. Menos ternas. Mais carregadas.

A luz que de perto torna escuridão de uma gota ocular.

Mãos trêmulas que ressecam pela fria dor superior.

Aroma. Que na lembrança torna agulha fina e profunda.

Criança. que cresceu. Perdeu a ingenuidade e a graça do mundo.

O tempo. mais do que números representativos. Marcador de lembranças que persistem em algum canto.

...no canto que os olhos chegam e não queriam encontrar...

Um comentário:

Mariah Menezes disse...

Mutações são necessária... mesmo que de doa... mesmo que decepcione!
mas necessário