domingo, 25 de fevereiro de 2007

Tem alguma tomada aí?

Tapa.
Ainda escutando briga.
Quem briga?
Alguém aqui dentro com suas próprias loucuras. Suas próprias ilusões e realidades.
Um eu passado querendo voltar. Um eu presente persistindo em ficar.
Duas em uma. Polaridades. Mais e menos. Positivo e Negativo.
Choque.
Sorriso e lágrima. Quente e frio. Verdade e mentira.
Esconderijo.
Tudo por dentro. Nada mais externalizado. Para quem? Para que?
O que é pra ser sentido só. No escuro. No fundo.
Enfrentar.
Segredo ou medo? Sonho ou pesadêlo? Posse ou sentimento?
Tudo misturado. Todos em um. Nenhum. Um em todos.
Loucura. Amor. Dor. Alívio.
E tudo de novo...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Ampulheta

Lá do fundo. alguma coisa puxando. pra baixo. ou pra cima. tanto faz.
Qual a diferença? Cima, embaixo, céu, chão, ilusão, realidade?
O mesmo mundo que me tem. O único mundo que sorri e chora.
Tem alguém aí em cima? Alguém me escuta aí em baixo?
...eco...
Eco das suas próprias ilusões. Dos seus próprios devaneios. De suas mesmas brincadeiras infantis. Dos seus únicos sonhos. Dos seus presentes pesadêlos.
Presentes ou passados? Tudo volta como foi. Tudo vai como veio.
E o cheio esvazia. E o vazio busca inútil mais uma preenchida ilusão.
Tudo é imitável. Tudo é "fingível".
Menos a tristeza.
Ah... só ela sabe onde fica o começo e o fim. O em cima e o embaixo. Junto ou separado.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Céu Vermelho

Água. Copo. Tempestade. Desce pelo ralo. Vermelho. Não é sangue. Apenas o vinho que agora está esquentando sobre a mesa.
Da água pro vinho... milagre? Não... virou vinagre. A rima desproposital.
A sintonia que se separou em duas cores. Do transparente ao fosco. Do reflexo ao vidro quebrado pelo chão.
Do sentimento que ficou sem sentido. Do sentido que não sente. Espalha. Grita. Berra. Gargalha. Chora. Esperneia.
...e finalmente descansa em paz...

Suicídio? Nunca... apenas mais um recomeço.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Adaptabilidade


Eu não sei mudar!

Se tá sol... me queimo! Se tá chuva... me molho!
Se tem sorriso... dou gargalhada! Se tem lágima... choro que nem criança!
Se tem amigo... tem festa! Se tem "solidão"... me faço companhia!
Se tem música... danço! Se não tem... toco e canto!
Se tá colorido... tá mágico! Se tá preto e branco... a gente toma banho de tinta!
Se tem alguém... é entrar de cabeça! Se não tem... conhecer faz parte!
Se tá na minha língua... eu falo! Se tá em outra dimensão... eu busco!
Se tem silêncio... penso! Se tem "falação"... observo!
Se tem corpo... faço! Se tem alma.. respiro!

Se tem machucado... a gente cura! Se tem felicidade... tem espírito!

Porque os sonhos existem para que um dia o despertar seja com um sorriso!

Adaptabilidade... pratique!

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Quantas horas são?


Pulo da cama. Sonho. Pesadêlo. Horas pensando. Ação impensada. Ou pensada demais.
Olho no relógio. Que horas acaba o sonho? Alguém me diz que o sonho nunca acaba. E as palavras vão ficando como música de fundo. Cada vez mais baixas. Cada vez mais silenciosas... Até que um dia o chão parece mais próximo. A cada segundo chegando mais perto. E a companhia passa a ser ele. Ali... onde sempre esteve, debaixo dos pés... Mesmo quando sonhando imaginava estar a cima de qualquer estrela que estivesse no céu.
E a estrela... parando de brilhar... como se já estivesse morta há tempos e dela só restasse um foco de luminosidade.
...E a luminosidade se tornou pouco demais...